quarta-feira, 14 de abril de 2010

o tal "eu te amo"

tornou-se obsoleto, e já não carrega mais tanto sentimento. Acaba-se de se conhecer uma pessoa, e o eu te amo já é vomitado aos quatro ventos, enquanto casais que se amam há 50 anos já não o dizem com tanta frequência. O fato é que o eu te amo nem se faz mais necessário e é totalmente dispensável, ao mesmo tempo que é essencial ouvir um eu te amo da pessoa certa, porque ele têm o poder de iluminar seu dia, sua semana, sua vida. Eu não preciso que ele diga que me ama de cinco em cinco minutos, mas quando ouço-o dizer isso, meu sorriso é incamuflável, e também não preciso dizer à ele que o amo (embora isso já seja quase uma mania), pois já provei à ele o tamanho de meu sentimento. Mesmo assim não têm como não dizê-lo antes das carícias, dos olhares, dos beijos sinceros, não tem como sufocá-lo quando ele grita dentro de você pedindo para sair sinceramente, sussurrado ou gritado, mas dito à pessoa certa e mesmo que inúmeras pessoas o digam sem nem saber o que realmente estão dizendo o eu te amo ainda acende paixões, reacende lembranças e nos faz sorrir por encontrar a luz em meio a tanta escuridão. E para aqueles que se dizem indiferentes à um eu te amo, eu garanto que um eu não te amo fere bastante. Sendo assim o que se torna obsoleto se faz ainda essencial, e o que se é essencial nunca se torna obsoleto. Defendo a questão do eu te amo como coisa obrigatória a ser dita, pelo menos uma vez na vida. Mas cuidado: não o diga a torto e a direito, não faça com que acreditem nisso se não for sua real intenção, nem deixem que pessoas que merecem ouvi-lo fiquem com a dúvida pelo simples medo que você tem de dizê-lo. Ame e diga isso à todo mundo quando realmente amar, caso contrário sufoque suas palavras falsas dentro de si mesmo, não para evitar suas lágrimas ou feridas desnecessárias, mas sim para não tirar de alguém o sorriso que abriu ao te ver dizer isso com todas as letras.


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