domingo, 11 de setembro de 2011

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Sozinho posso te ver melhor quando se vai o Sol Procuro o fio do seu cabelo no lençol Baixei aquele filme que cê disse que era bom, E vi que nada é tão bom quando cê não tá aqui. Um dia sem você é triste, uma semana é maldade, Um mês não existe, dou meus pulos, atravesso a cidade Junto dinheiro pra financiar a viagem Uma bolacha, um salgadinho, dois refri e a passagem Já era, já fui, me espera amor, Vou atrasar mais dez minutos, parar pra te comprar uma florE to pronto, na melhor roupa que eu tenho Uma rosa na mão esquerda, na outra mão um cartão com desenho. Correndo pra rodoviária, o buso sai às 9 Desculpa o cartão molhado, é quem em novembro sempre chove à tarde. E hoje a chuva ta bolada, ja me sentei, fiz minha oração Se Deus quiser nem pega nada, vai! Se Deus quiser nem pega nada, vai! To indo, sentado, vendo as montanhas, Lembrando que quanto mais você me perde, mais vezes você me ganha E aquela briga ontem foi foda, eu não queria te dizer Que eu não queria ter você, Mas eu queria que você soubesse que eu me importo E que eu sinto que essa chuva é o reflexo do estado do meu corpo. E foi pensando nisso que me joguei pra cá Pra ver se quando eu te encontrar eu faço essa chuva parar Será que isso é possivel? Eu sonhador demais, na intranha dor demais e essa estranha dor é mais do que saudade É como uma necessidade De poder ter a certeza de que não era verdade O que você disse por telefene
Que tava na hora de eu te provar que podia ser seu homem Que o menino que nem pode sustentar um lar
Nunca seria bom o suficiente pra tu casar. Foi pensando nisso que eu entrei nesse busão, Mas, talvez eu seja só um menino com uma rosa na mão E eu te ligo no celular Te avisando que eu to indo e te pedindo pra ir lá pra me esperar Mas você que nunca disse que me ama Mais uma vez desliga sem dizer, se arruma e vai pra cama Tudo bem, dorme bem amor, te amo! Quando acordar passa perfume que o seu homem tá chegando, vai! A cada segundo a chuva aumenta Nessa poltrona a cada minuto que eu durmo eu acordo quarenta Janela embaçada, tampando minha visão Eu fecho os olhos e praticamente sinto sua respiração, É como o silencio do meu quarto sem você Culpa dessa distancia que me impede de te ver Me impede de provar que eu te mereço De mostrar que o dinheiro tá pouco mas que a alegria não tem preço E eu pensando em você nesse momento Aproveito o tempo pra treinar o pedido de casamento Depois da briga, acordei cedo Peguei toda a economia e comprei a aliança em segredo Juntei moeda por moeda pra poder tá aqui, Pra mostrar que um menino pode te fazer sorrir Te sentir mais uma vez, sentir por uma vez Que achar que eu sou teu sonho não é uma insensatez Mas perai, eu ouço um barulho, que que ta pegando? A aliança caiu do meu bolso, tudo balançando (porra mano!) Quem ta gritando? Porque ta girando? Alguém sabe? Tento chamar seu nome, mas minha boca nem abre Barulho de chuva, pneu, escuridão Lembrar seu rosto se tornou a ultima opção Agarro forte a rosa na lama Menino ou homem você me deixou partir sem dizer que me ama!Eu não pensei que fosse pra tão longe essa viagem Toca o celular, é você me mandando mensagem E eu preso nas ferragens, sem me mexer Sei que você me escreveu, mas fecho os olhos sem saber o que...
projota - chuva de novembro

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